o morro
– Não consigo subir nesse morro – disse o menininho. – É impossível. O que vai me acontecer? Vou passar a vida inteira aqui no pé do morro. É terrível demais!
– Que pena! – disse a irmã. – Mas olhe, maninho! Descobri uma brincadeira ótima! Dê um passo e veja se consegue deixar uma pegada bem nítida na terra. Olhe só para a minha! Agora, você veja se consegue fazer uma tão boa assim!
O menininho deu um passo:
– A minha está igual!
-Você acha? – disse a irmã. – Olhe a minha, de novo, aqui! Eu faço mais forte que você, porque sou mais pesada e por isso a pegada fica mais funda. Tente de novo.
-Agora a minha está tão funda quanto a sua! – gritou o menininho. – Olhe! Esta, esta e esta, estão o mais fundas possível!
-É, está muito bom mesmo – disse a irmã – , mas agora é minha vez, deixe eu tentar de novo e vamos ver!
Eles continuaram, passo a passo, comparando as pegadas e rindo da nuvem de poeira cinzenta que lhes subia por entre os dedos descalços.
Dali a pouco, o menininho olhou para cima.
-Ei – disse ele – , nós estamos no alto do morro!
-Nossa! – disse a irmã. – Estamos mesmo.
Do livro: O Livro das Virtudes II – O compasso moral
Autor: William J. Bennett
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