Resultados da pesquisa por: La Rochefoucauld

Ninguém merece ser louvado pela sua bondade, se não tiver a coragem de ser mau: qualquer outra forma de bondade não é mais que preguiça ou de ausência de vontade

Não se deve avaliar o mérito de um homem pelas suas grandes qualidades, mas pelo que delas faz

Fazemos, muitas vezes, louvores envenenados que revelam, pelo avesso, certos defeitos daqueles que louvamos e que não ousaríamos denunciar de outra forma

Os humores do corpo seguem um curso regular e ordenado, que afecta e altera imperceptivelmente a nossa vontade: deslocam-se juntos e exercem sucessivamente um império secreto sobre nós, de tal modo que participam consideravelmente nas nossas acções sem que o possamos saber

Há pessoas tolas que se conhecem e que usam habilidosamente a sua tolice

As querelas não durariam muito se não houvesse um único ofendido

Há falsidades disfarçadas que simulam tão bem a verdade, que seria um erro pensar que nunca seremos enganados por elas

Louvar as belas acções é uma forma, como outra qualquer, de se atribuir o seu mérito

Sentiríamos frequentemente vergonha das nossas mais belas acções, se o mundo conhecesse todos os motivos que as fundamentaram

As únicas cópias boas são aquelas que nos mostram o ridículo dos maus originais

Por mais aparatosa que seja uma acção, ela só deve passar por grande se for fruto de um grande desígnio

Não basta ter boas qualidades, é necessário tê-las com moderação

A elevação está para o mérito como os adereços para as belas mulheres

O nosso mérito atrai a estima das pessoas de bem, o a nossa estrela a do público

O desejo de falar de nós e de mostrar os nossos defeitos sob o ângulo que mais nos convém, constitui boa parte da nossa sinceridade

Ninguém merece ser louvado pela sua bondade, se não tiver a coragem de ser mau: qualquer outra forma de bondade não é mais que preguiça ou de ausência de vontade

O extremo prazer que sentimos em falar de nós mesmos devia fazer-nos recear não dar nenhum a quem nos escuta

A maior parte das pessoas julga os homens pela sua fama ou pela sua fortuna

Sentiríamos frequentemente vergonha das nossas mais belas acções, se o mundo conhecesse todos os motivos que as fundamentaram