Eu só sou o António Lobo Antunes com o papel na mão. Sem o papel na…
Autor: António Lobo Antunes
Eu só sou o António Lobo Antunes com o papel na mão. Sem o papel na mão, sou um chato.
Autor: António Lobo Antunes
Eu só sou o António Lobo Antunes com o papel na mão. Sem o papel na mão, sou um chato.
Autor: Antunes
Eu só sou o António Lobo Antunes com o papel na mão. Sem o papel na mão, sou um chato.
Autor: António Lobo Antunes
Desde que me lembro, desde os 4 ou 5 anos, o que me interessava era escrever. Às vezes tinha um jantar marcado com uma rapariga e acabava por ficar a escrever. Sentia-me culpado quando não escrevia, muito culpado. Depois, parece que os livros foram aparecendo em contínuo.
Autor: António Lobo Antunes
Tive a sorte de ter amigos muito bons. O meu avô dizia, um homem pode não ter dinheiro, mulher, trabalho. Se tiver amigos não é pobre.
Autor: António Lobo Antunes
Não tenho muito jeito para viver. E acho que os livros são a minha redenção.
Autor: António Lobo Antunes
É agradável as pessoas gostarem do nosso trabalho. Temos uma sede infinita de amor. E de reconhecimento. Por muito certos que estejamos do nosso talento e da nossa capacidade de escrever.
Autor: João Lobo Antunes
As mulheres são muito mais interessantes que os homens. (…) Se calhar porque eu próprio sou capaz de ter um temperamento feminino nalgumas coisas, não me custa a admitir. Tenho uma sensibilidade feminina. Já ouvi dizer que o meu irmão António escreve sobre as mulheres com uma enorme compreensão. Há […]
Autor: António Lobo Antunes
Não sou uma pessoa muito alegre. Sou introvertido. Fechado. Cheio de dúvidas. Não me é fácil viver comigo. Parece que estou sempre em guerra civil.
Autor: António Lobo Antunes
As mulheres são muito mais fortes do que os homens. Aguentam muito melhor a solidão. São mais corajosas diante da doença. Vi isso quando estava a fazer quimioterapia.
Autor: António Lobo Antunes
Nunca aguento muito tempo numa casa. Passado uns tempos, começo a ficar cansado. Não sei o que é e, sobretudo, não sei até que ponto é que quando estou a dizer que estou farto desta casa, não posso estar a dizer ‘estou farto de mim’.
Autor: António Lobo Antunes
Não sei qual era o escritor que dizia: todos os livros são autobiográficos, sobretudo «As Viagens de Gulliver». Acaba-se a falar só de si mesmo, porque não há mais nada, mais material aonde ir buscar, a não ser a si mesmo. Todos os livros são autobiográficos. Acabamos por só falar […]
Autor: António Lobo Antunes
Gosto das pessoas que têm cara de quem vive. E isso não tem a ver com beleza. Normalmente, as pessoas que eu acho atraentes não são bonitas, têm um charme lento, que eu não sei explicar.
Autor: António Lobo Antunes
Os portugueses merecem muito melhor, merecem muito mais do que o Governo que têm, muito mais do que a maneira como os obrigam a viver. Já ouviu um discurso do primeiro-ministro? A quantidade de erros de português que ele dá… Como é que podemos ser governados por pessoas que nem […]
Autor: António Lobo Antunes
Não me interessa estar a escrever para pessoas importantes, as pessoas que me procuram para se tratar comigo não são pessoas importantes, são pessoas que precisam de mim.
Autor: António Lobo Antunes
Antes da «Memória de Elefante» escrevi muitos livros, tive foi o bom senso de os deixar na gaveta. É um livro de principiante. O primeiro de que não me envergonho é a «Explicação dos Pássaros».
Autor: António Lobo Antunes
Está a perguntar como trabalho? Faço um plano detalhado com os capítulos todos, as personagens todas. Uma espécie de mapa do que vai acontecendo nos diversos capítulos.
Autor: António Lobo Antunes
Nós, como escritores, somos muito egoístas; há uma faceta muito egoísta em nós. Era aquilo a que o Camus chamava «o egoísmo do escritor».
Autor: António Lobo Antunes
Quando uma pessoa acaba por ter tão pouco tempo para estar com os amigos, para escrever as suas histórias, isso acaba por nos fechar, por nos tornar tímidos, introvertidos e por vezes até com dificuldade de relação.
Autor: António Lobo Antunes
Não podemos piscar o olho ao público. Se o fizermos estamos lixados. Não obstante, escrevemos para ser lidos. Ninguém, nem mesmo os que escreveram diários em cifra, escreve para não ser lido. Eu escrevo procurando o afecto do leitor, dos escritores, mas sem nunca lhes abrir as pernas. Não me […]
Autor: António Lobo Antunes
O Jorge Amado dizia-me, há tempos, que conhecia muitos editores ricos, mas escritores não. Gastamos muito em impostos e pagamos tudo aquilo que o agente investe em nós.
Autor: António Lobo Antunes
O escritor é um neurótico, e escrever é provavelmente a única forma que tem de exprimir os seus afectos, e de neles ser retribuído. É complexo, porque é misturado com uma grande dose de narcisismo.
Autor: António Lobo Antunes
As razões por que se gosta dos livros são muito variáveis. De uns gosta-se deles em si, de outros gosta-se por razões mais afectivas, de outros ainda pela forma como foram recebidos pelas pessoas. Embora de uma forma diferente, acaba-se por gostar de todos, senão não os publicávamos.
Autor: António Lobo Antunes
Não há ninguém que eu odeie, acho que dá muito trabalho odiar. Há é pessoas que me são indiferentes.
Autor: António Lobo Antunes
Eu não sinto prazer em escrever ? sinto prazer, sim, na leitura. Mas se não escrever sinto-me pior, não sei, começo a fica impaciente.
Autor: António Lobo Antunes
No fundo, um escritor é um bocado um ladrão, um gatuno de sentimentos, de emoções, de rostos, de situações.
Autor: António Lobo Antunes
Às vezes espanto-me pelo facto de as pessoas se surpreenderem quando digo que escrevo todos os dias. Penso que é tudo e cada vez mais uma questão de trabalho. Um trabalho diário, persistente. Espanto-me de ver os bares sempre cheios de artistas.
Autor: António Lobo Antunes
Nós somos felizes só por instantes. Temos medo de viver um grande amor. Estamos muito mais habituados a sofrer do que a ser felizes.
Autor: António Lobo Antunes
Um escritor, como um cantor e um pintor é sempre a voz de qualquer coisa que está latente nas pessoas.
Autor: António Lobo Antunes
A vida das pessoas move-se por desafios constantes. Aqui há tempos estive a ler uma autobiografia do Graham Greene, em que ele dizia não compreender como é que as pessoas que não escreviam escapavam à melancolia. A escrita é um maravilhoso substituto da depressão.
Autor: António Lobo Antunes
A exploração do escritor é uma coisa vergonhosa. O livreiro, que tem só o trabalho de vender, ganha 30 por cento. O editor, entretanto, tem uma razoável margem de risco. Fica com 40 por cento dos quais tem que pagar ao escritor.